Luzes azuis ainda iluminavam o pátio quando o fugitivo foi empurrado para dentro da viatura. O policial se voltou para Daniel, com fúria em sua voz. “Eu lhe disse para não ser um herói!”, ele esbravejou. “Sua sorte é que eu ainda estava circulando pela vizinhança. E se ele tivesse passado por mim? E se ele tivesse escapado de novo?”
Daniel se endireitou, ainda tremendo. “E se ele subiu as escadas? E se ele chegasse ao meu quarto? Eu era a única linha de defesa entre ele e minha família.” Sua voz estava trêmula, mas o aço nela era inegável. Por um momento, o silêncio se estendeu entre eles.