“Ei”, disse ele. “Você está bonita.” Clara se encostou no batente da porta, com os braços cruzados. “O que você está fazendo aqui?” “Ouvi dizer que você está em remissão”, disse ele. “Eu queria ver com meus próprios olhos.” Ela não respondeu. Ele entrou sem ser convidado, dando uma olhada no apartamento. “Você se saiu bem. O lugar parece bom.”
“É meu”, disse ela. Ele assentiu com a cabeça, os olhos traçando as obras de arte nas paredes – suas pinturas, brilhantes e desafiadoras, nada parecidas com as peças suaves que ela costumava fazer. “Eu tenho… mantido as coisas em dia. Eu queria ter entrado em contato antes, mas…”, ele parou. Ela levantou uma sobrancelha. “Mas o quê?”