A camisa havia desaparecido no dia seguinte. Arthur disse a si mesmo que talvez quem a tivesse deixado para trás tivesse simplesmente voltado para buscá-la. Talvez ela pertencesse a um adolescente que estivesse passando, ou a alguém que estivesse atravessando o quintal, envergonhado o suficiente para levá-la sem fazer barulho durante a noite.
Ele queria acreditar que ainda havia alguma explicação inofensiva. Mas, alguns dias depois, ao olhar pela janela da cozinha, viu o vizinho parado na entrada da garagem, espreguiçando-se e bocejando. Ele estava usando a camisa.