O envelope chegou em uma manhã de terça-feira, escondido entre um panfleto de supermercado e uma conta de luz. As mãos de Clara tremeram quando ela o puxou, olhando para o logotipo em negrito estampado na frente. Por um longo momento, ela ficou parada na porta, com a luz do sol incidindo sobre seus sapatos, o resto do mundo alheio à tempestade em seu peito.
Ela a carregou até a mesa da cozinha e a colocou no chão, o peso dela era insuportável. Pensou em Emily lá em cima, cantarolando enquanto arrumava a mochila para a aula, cheia de confiança de que sua mãe seria a única a lhe entregar a verdade.