Eu sempre estava lá para eles, pensou ela com amargura. Toda vez que ela precisava de mim. Toda vez que ela se atrasava. Todas as consultas médicas, todos os projetos escolares, todas as lancheiras esquecidas. E é assim que eles me tratam?
Seu peito subia e descia mais rápido agora. “Você desaparece por dias, não atende o telefone e depois simplesmente… segue em frente sem dizer uma palavra?” Sua voz ficou trêmula, mas ela não parou. “Não. Não dessa vez.” Ela se levantou abruptamente, empurrando a cadeira para trás com um raspão. O som era muito alto na cozinha silenciosa, mas de alguma forma a estabilizou. “Chega de esperar ao lado do telefone”, disse ela sem fôlego. “Chega de ser conveniente.”