As pernas do menino estavam balançando novamente, metodicamente. Não de forma selvagem. Apenas o suficiente para fazer o assento de Daniel tremer a cada poucos segundos. O garoto olhava para a mesa de bandeja à sua frente como se fosse um console de videogame, perdido em algum ritmo particular.
Do outro lado do corredor, a mãe ainda não havia notado. Ou pior – havia notado e optado por ignorar o fato. Ela folheava algo em seu telefone, com o polegar para cima, a expressão completamente neutra. Seus fones de ouvido brilhavam levemente na luz do teto.