O silêncio subiu a escada, passo a passo. Marco esperou no carro até que as lanternas traseiras do sedã se dissolvessem e depois foi até a porta. O teclado aceitou o novo código que ele escreveu. A dobradiça cantou. O saguão o recebeu com aquele vazio caro que só a segurança pode proporcionar.
Ele ficou muito quieto, ouvindo qualquer passo que não tivesse sido programado. Não havia nada. A casa era uma orquestra em pausa. Ele fechou a porta, trancou-a manualmente e se inclinou para trás até que o carvalho tocasse suas omoplatas. O gato saiu das sombras, fez uma pergunta, aceitou uma resposta e perdoou tudo.