As mãos de sua tia tremiam demais para apontar as chaves. Seu tio praguejou e, depois de pegar as chaves das mãos dela, puxou a porta. O ar da noite parecia medicinal. “Voltaremos com a polícia”, prometeu ele, trêmulo, para a entrada da garagem vazia, sem perceber a pequena piscadela indiferente da câmera.
A bainha de um pijama ficou presa, rasgou e foi abandonada. O sedã acordou com um gemido. Ao dar marcha à ré, Marco deixou a luz da varanda se acender em um branco acusador, depois ajeitou-a gentilmente em âmbar. A rua os engoliu. A casa exalou, os painéis relaxando como ossos depois de uma corrida.