Os vizinhos logo começaram a notar. A Sra. Hargrove, da casa ao lado, perguntou-lhe por que “o casal mais velho” sempre acenava da varanda de Marco. “Eles parecem encantadores”, disse ela, sorrindo. Marco murmurou sobre a ajuda da família. Dentro de casa, sua tia ajustou as cortinas. Parecia que a reputação estava lentamente reescrevendo a posse, tijolo por tijolo, sorriso por sorriso.
Marco tentou culpá-los. “Isso não é justo. Eu confiei em você.” A voz de sua tia se suavizou, melosa: “Exatamente, querido, você confia em nós. Por que quebrar isso agora?” Seu tio acrescentou: “A papelada é uma bagunça. Vamos resolver as coisas civilizadamente” A civilidade deles escorreu como verniz, cobrindo o roubo com polidez. A garganta de Marco doía com as palavras não gritadas.