O som chamou a atenção de todos. Os visitantes pararam no meio do caminho, os enfermeiros congelaram no meio do prontuário. A mão de Elena instintivamente encontrou o pescoço de Valorian. “Calma”, ela sussurrou. Mas o olhar do cão havia se transformado em um foco preciso de orelhas afiadas e corpo trêmulo. O homem deu um meio passo para trás. “O que há de errado com esse animal?”, ele exigiu.
Antes que alguém pudesse responder, Valorian se lançou para frente. Seu rugido ecoou pelo corredor, cru e primitivo, do tipo que atinge até os ossos. O vidro estremeceu quando o cão bateu o peso do homem contra ele, com os dentes à mostra e os olhos fixos nele. O segurança gritou, e o detetive já estava com a mão em sua arma.