Owen se inclinou para mais perto, observando o pequeno peito subir e descer em um ritmo irregular. “Será que ele vai conseguir?”, ele perguntou. Mallory não respondeu de imediato. Ela pressionou dois dedos gentilmente na lateral do peito, depois olhou para cima. “Ele é mais forte do que parece, mas foi por pouco. Hipotermia, privação de oxigênio. Mais meia hora e…” Ela balançou a cabeça. “Mas está aguentando.”
Clara soltou um suspiro longo e trêmulo. “Aquele cachorro deve tê-lo salvado.” Mallory assentiu com a cabeça. “Pelo que você descreveu, eu diria que sim. O calor do corpo, a maneira como ele cobriu a caixa, provavelmente impediu que a bolsa de ar entrasse em colapso. O instinto é uma coisa poderosa.” Por um longo momento, ninguém falou. O som da respiração fraca e ofegante do texugo preencheu o silêncio, um ritmo ao mesmo tempo frágil e desafiador.