Naquela noite, na sala da equipe, ela confidenciou à sua colega Marta. “Se ela apresentar mais algum sinal de hematoma, eu vou chamá-la”, disse Elise. Marta assentiu com a cabeça, em silêncio. Ambas sabiam que essa era uma promessa que a maioria das enfermeiras fazia tarde demais.
Um mês se passou. O hospital seguiu seu ritmo habitual de nascimentos, lágrimas e recuperações, e Elise quase se convenceu de que havia exagerado. Talvez Daniel fosse um pouco controlador, mas não cruel. Talvez o silêncio de Olivia fosse apenas juventude, e não medo.