Ela foi até a janela com vista para a baia da ambulância. O urso virou a cabeça como se a estivesse sentindo. Entre eles havia vidro, tela de arame e duas portas trancadas, mas algo em sua quietude parecia intencional. “Você sabia para onde levá-lo”, disse ela suavemente. Do lado de fora, o animal bufou uma vez, uma névoa baixa contra o aço.
A segurança queria que o urso fosse tranquilizado antes do turno da manhã. “Política”, insistiu o supervisor. “A decisão é sua, não do meu paciente”, disse Anika, e acrescentou: “Mas ele está atrás de barreiras, calmo e não é uma ameaça” Após uma pausa, o supervisor cedeu. “Seis horas de espera, no máximo. Depois, o problema é da Parks.” Ela assentiu. Seis horas poderiam mudar tudo.